terça-feira, 17 de maio de 2011

Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT (2ª parte)

Postada a primeira parte, como prometido, inicio esta segunda postagem. Vamos lá.

Será que o tal material didático (cartilhas e filmes) deve mesmo ser apresentado para as crianças daquela faixa etária (6 a 15 anos)?!?! Será que o conteúdo dos filmes não é indutivo?? Será que os pais destas crianças não mereciam serem ouvidos!?!?

Sob meu minúsculo ponto de vista, creio que tal assunto deveria levar em consideração inúmeros fatores. Imagino que o assunto foi debatido na Secretaria Especial de Direitos Humanos, recebendo apoio do MEC[1] e do MJ[2]. Contudo, na minha opinião esse assunto mereceria um debate mais amplo, mais aberto, mais divulgado e mais democrático.

Pelo que apurei (posso estar enganado) mas a grande parte de pessoas que apoiaram e discutiram esse Plano Nacional, são as interessadas na aplicação, ou seja, os representantes do movimento LGBTT. E não retiro-lhes o direito.

Porém, acredito que o melhor caminho seria convocar, até mesmo de forma regionalizada – até porque cada região do país tem uma cultura diferenciada – um grupo multidisciplinar, com psicólogos, pedagogos, diretores de escolas, Secretarias de Ensino, educadores, associação de pais de alunos, associação ou sindicato dos professores e, quem sabe até grupos de alunos, a Ordem dos Advogados do Brasil, o próprio Ministério Público para o fim de tentar esgotar o tema e verificar a atual necessidade de incluí-lo no dia a dia destas crianças.

Após a leitura do Plano Nacional, várias reflexões sobre a adoção de tais medidas vieram em forma de dúvidas, vejamos. Não pude deixar de refletir de como e qual o impacto que esse tema teria na sala de aula e na vida pessoal das crianças?!?!

Será que as crianças estão realmente preparadas para absorverem tais informações. Vale lembrar que as crianças, nessa faixa etária, estão em constante processo de conhecimento e, por conseqüência, são curiosas ao extremo.

Será que após tomarem conhecimento desse material não serão tomadas pela curiosidade e iniciarão um comportamento diferenciado, mais liberal??

Será que a divulgação desse material não poderá causar um confronto intelectual na criança?!!!?? Afinal, durante 10, 12 ou 15 anos de vida ela foi doutrinada sob o aspecto heterossexual e, de repente, ela descobre que o que ela aprendeu durante essa vida toda “passa não ter mais sentido!?! E os pais destas crianças, será que aceitariam?!?!!

Outra reflexão.
E aquelas crianças crescidas no seio de famílias religiosas ou extremamente religiosas, onde muitas das vezes não se permitem muitas coisas ou coisa alguma?!!?
O que dirão essas crianças ou seus pais?!! Será que não se respeitará a crença religiosa??

Outra reflexão, no caso de famílias tradicionais do nordeste, onde sua cultura é conhecida pelo machismo exagerado. Como ficariam tais aulas?? E as crianças?? E seus pais??

E se uma ou mais crianças, por vontade própria ou por aconselhamento dos pais se recusarem a ler os livros ou a assistirem aos filmes. Serão elas prejudicadas na escola?!!? Ou serão vistas como homofóbicas?? Serão elas perseguidas pelos colegas!?!? Ou poderão virar motivo de chacota?

Invertendo a ordem. E aquela criança que possuem uma criação mais liberal ou que já tem contato/vivencia o assunto. Será que ela não servirá de alvo para os colegas??!! Não será perseguida pelos outros colegas!?!!?

Não seria viável as escolas se aparelharem, em tempo integral, com psicopedagogas para auxiliarem as crianças, pais e professores?

E se o professor, por convicção religiosa, moral ou qualquer outra não aceitar a auxiliar na divulgação de tais medidas. Será ele punido?? Será ele apontado como homofóbico?

E no caso da “aceitação e popularização do beijo na escola”, seria ele admissível? Se um inspetor de alunos flagrasse um beijo homossexual, seria ele apontado como homofóbico?

Outra dúvida, um pouco mais cruel.
Será que a introdução desse material didático nessa faixa etária, não propiciaria e aguçaria uma elevação nos crimes de pedofilia? Vejamos. No caso de um pedófilo um pouco mais esperto, poderia arrebatar para sua casa dois ou mais infantes para o fim de estimular (através de filmes e livros – inclusive o próprio material escolar) as crianças a tal prática, para o fim não só de voyeurismo [3], como para prática de abuso??!!

Se todos são iguais parante a Lei, por que esse Plano Nacional não prevê sua aplicação nas escolas particulares!?!? 

Por que é que essa divulgação não tem início apenas e tão somente nos cursos universitários, onde se presume uma maior aceitação das diversidades?!!?

Por que é que esse material não é encaminhado primeiramente às Associações Comerciais, Associações de Trabalhadores, Associação de Pais, ONG’s, Sindicatos, Entidades de Classe, e demais órgãos??!!

Enfim, inúmeras podem ser as conseqüências originadas pela aplicação deste Plano Nacional no âmbito escolar, infanto-juvenil.

E você, o que acha!?!??!


[1] Ministério da Educação e Cultura
[2] Ministério da Justiça
[3] Voyeurismo é uma prática que consiste num indivíduo conseguir obter prazer sexual através da observação de outras pessoas. Essas pessoas podem estar envolvidas em atos sexuais, nuas, em roupas íntimas, ou com qualquer vestuário que seja apelativo para o indivíduo em questão, o/a voyeur.

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