Há muito tempo assistimos em nossos meios de
comunicação uma interminável discussão sobre a tal Fazenda Raposa Serra do Sol.
E o que isso nos importa??!! Demarcação de terras para "abrigar
índios" que já não possuem terras para viverem, com a expulsão dos rizicultores
e sem a permanência das Formas Armadas (especialmente o Exército Brasileiro) na
região. Pois bem, essa não é a verdade sobre tais terras.
Mas antes de explicar todo esse emaranhado de
situações, necessários se faz retomar algumas lições de Química, revendo a
famosa Tabela Periódica e relembrarmos (para os mais antigos) de um elemento
químico, denominado NIÓBIO (Nb).
O nióbio, é um metal de transição localizado na família 5-B
da tabela periódica, é branco prateado, ou
ainda cinza azulado por motivo de reações químicas com gases presentes no ar.
Duro e resistente ao calor e a oxidação
é utilizado em diversas ligas metálicas. Seu símbolo é Nb,
possui número atômico 41, e configuração eletrônica 1s2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2
3d104p6 5s2 4d3, massa atômica 92,9g mol-1, ponto de fusão 2477°C , ponto de ebulição 4744°C . Pronto!! Conceito
relembrado.
E para que serve??!!!?
Inúmeras são as aplicações do Nióbio (Nb), indo desde
as envolvidas com artigos de beleza, como as destinadas à produção de jóias,
até o emprego em indústrias nucleares.
Entre os metais refratários, o nióbio é o mais leve
prestando-se para a siderurgia, aeronáutica e largo emprego nas indústrias
espacial e nuclear. Na necessidade de aços de alta resistência e baixa liga e
de requisição de superligas indispensáveis para suportar altas temperaturas
como ocorre nas turbinas de aviões a jato e foguetes, o nióbio adquire máxima
importância. Podem ser exemplificados outros empregos do nióbio na vida
moderna: produção de aço inoxidável, ligas supercondutoras, cerâmicas
eletrônicas, lente para câmeras, indústria naval e fabricação de trens-bala, de
armamentos, indústria aeroespacial, de instrumentos cirúrgicos, e óticos de
precisão.
Na indústria aeronáutica, é empregado na produção de
motores de aviões a jato, e equipamentos de foguetes, devido a sua alta
resistência a combustão. São tantas as potencialidades do nióbio que a baixas
temperaturas se converte em supercondutor. Pronto !! Dúvidas sanadas, vamos ao
que interessa.
O Brasil é o maior produtor de NIÓBIO do mundo. Isso
mesmo, detemos apenas e tão somente 97% (noventa e sete) por cento de toda
reserva mundial. Sendo que o restante encontra-se, na sua maioria, em países
como Canadá, Austrália.
No Brasil, temos boa parte do Nióbio em Minas Gerais , outra
parte em Roraima e uma outra fatia em Goiás.
A reserva de Minas Gerais, em Araxá, é explorada pela
empresa Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração - CBMM do grupo Moreira
Salles (fundadores do UNIBANCO). Porém, em 2011, 30% (trinta) por cento desta
empresa foi vendido a investidores asiáticos.
A parte que se encontra no Estado de Goiás, é
explorada pela empresa Mineração Catalão de Goiás , pertencente a inglesa Anglo
American.
Já a parte restante, que se encontra no Estado de
Roraima, não é explorada por ninguém. Aí está o problema.
A área da Reserva Raposa Serra do Sol, é a faixa de
terra do Estado de Roraima que acumula, em seu subsolo, o Nióbio, sendo esta, a
real motivação das infindáveis brigas e discussões.
Em
seu art. 30, a Declaração determina que "no se desarrollarán actividades
militares en las tierras o territorios de los pueblos indígenas, a menos que lo
justifique una amenaza importante para el interés público pertinente o que se
hayan acordado libremente con los pueblos indígenas interesados, o que éstos lo
hayan solicitado". As resoluções da Assembléia Geral da ONU não criam obrigações
para os Estados signatários - são declarações de intenção -, mas a adesão do
Brasil ao documento denotou certa fraqueza diante das pressões
internacionais.
A
mais recente dessas investidas foi barrada em maio de 2007, quando a implantação
de um ambicioso projeto de "conservação" Amazônia, financiado pela USAID
(Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional) e direcionado para cinco
países da região - inclusive o Brasil -, provocou uma crise entre o Itamaraty e
a instituição americana. Divulgado no site da USAID, a "Iniciativa para
Conservação da Bacia Amazônica" recebeu sinal vermelho do Ministério de Relações
Exteriores, que mandou suspender sua execução, prevista para julho.
Há rumores de que existe contrabando de Nióbio, com conhecimento e envolvimento de autoridades do alto escalão do governo brasileiro.
De acordo com sites, o Nióbio exportado têm seu
preço subfaturado com a finalidade de beneficiar alguns compradores em total
prejuízo ao mercado brasileiro, que deixa de arrecadar milhões de dólares com a
venda deste produto.
O
Brasil como único exportador mundial do minério não dá o preço no mercado
externo, o preço do metal quase 100% refinado é cotado a US$ 90 o quilo na Bolsa
de Metais de Londres, enquanto que totalmente bruto, no garimpo o quilo custa
400 reais. Na cotação do dólar de hoje (R$ 1,75), R$ 400,00 = $ 228,57.
Portanto, $ 228,57 - $ 90,00 = $ 138,57.
Como
conclusão, o sucesso do governo atual nas exportações é "sucesso de enganação".
O brasileiro é totalmente ludibriado com propagandas falsas de progressos nas
exportações, mas, em relação aos negócios internacionais, de verdadeiro é a
concretização de maus negócios.
Nas
jazidas de Catalão e Araxá o nióbio bruto, extraído da mina, custa 228,57
dólares e é vendido no exterior, refinado, por 90 dólares. Como é que pode
ocorrer tal tipo de transação comercial com total prejuízo para a população do
país?
Estas são as perguntas que deixo para serem
respondidas.
De qualquer forma, apenas escrevi sobre este
tema para tentar levar ao conhecimento daqueles que se interessarem pela
leitura, bem como, para incluí-lo na pauta de discussão de um número maior de
brasileiros que, assim como eu, gostaria de mais de transparência para com este
tema e se preocupa com o futuro da nação, bem como, de suas riquezas naturais.
Fontes:
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